Descobri os prazeres do queijo. Atacou-me um rompante de desejos, muito específico no seu pedido. Fui até ao frigorífico, recolhi o derivado de lacticínio e uma faca para o meu covil selecto, num pequeno tabuleiro de madeira que muito me agrada. Partindo grossas rodelas do dito queijo - um desses redondos de casca vermelha que se adquirem nas mais refinadas superfícies hipermercantis, de marca agora incerta (um Terra Nostra possivelmente, de consistencia resistente, não chegando à viscosidade de um Limiano) - e dedicadamente, seccionando cada uma dessas rodelas usando de linhas verticais e horizontais, a delícia acrescida de esculpir o sabor para agradar ao sonho visual - deveras claro! - do desejo. Encontra-se este dividido em cubos, praticamente a implorarem por que os tome por entre as pontas de quaisquer dois dedos à escolha, e os introduza rapida porém atentamente na minha voraz cavidade oral.
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Quando se encontra o tabuleiro vazio de cubinhos da amarela substância, de consistente textura, já apenas populado com as cascas que este para trás deixou, segue-se a repetição do ritual, todo ele uma dança, uma dedicada arte de, lentamente, provocar, e, eventualmente, finalmente satisfazer o gosto papilar, que simples, porém requintados, pedidos (ordens mesmo) por vezes nos coloca.
3 comments:
Escusavas de ter vindo até à cozinha...Era com enorme prazer que te levava o queijinho até à boca...Adoro homens que me mandam para a cozinha!!! Mas adoro ainda mais quando esses homens são caramelos!!!
Estou a ser perseguido por uma tarada... vou comunicar a ocorrência à polícia da Internet! Entrega-se a tecnologia às mulheres, e depois é disto (da primeira vez foi pôr-lhes carros nas mãos... e já se viu no que isso deu)
e que rico caramelo! :D
post a roçar a genialiade. e mais não digo, porque nada mais é possivel acrescentar a tal post
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