Saturday, November 18, 2006

Pensamento do dia

"Mas os cabelos brancos contam para o currículo."

Friday, October 20, 2006

O *


A internet introduziu na sociedade actual vários fenómenos. Um deles foi a escrita simbólica. Estou a falar de mensagens do tipo ":):):) tnh mtax xudades tuax kiduxo amt mt mt jokas KIKAS91*****".

No passado, este tipo de escrita apenas se vislumbrava nos cadernos dos estudantes universitários, que tomavam os seus apontamentos nas aulas teóricas à velocidade sub-sónica, quando os professores eram demasiado importantes para se preocuparem em usar acetatos ou material de referência nas aulas. Se não recorressem a esta técnica de escrita, seria impossível ter todo o material de estudo para passarem à cadeira, e nunca concluiriam o curso, vendo-se obrigados a desistir e mais tarde tornarem-se delegados de propaganda médica.

Curioso é que muitas destas pessoas, que de certa forma foram os percursores ideológicos deste fenómeno, hoje criticam os filhos por estes informarem que "hj n vnh jantar n sei qd volto p casa amt mto papa ***jokitax*** aNa:PiNk:SkYs" recorrendo a esta escrita. Como a memória nos trai, por vezes... (este último assunto propulsionaria longas divagações noutros blogs mais sérios. Porém, aqui não. s quiserem vão ler poesia ou o crlh pa outro lado)

Esta escrita foi criada pela InterNet e rapidamente se espalhou ao fenómeno social chamado "telemóvel", uma das mais importantes ferramentas de demonstração de status actual, simultaneamente nas vertentes económicas, estéticas, e sociais do indivíduo.

Gostaria de chamar a atenção para um elemento particular deste fenómeno: o *. Símbolo do ósculo, desde fraternal cumprimento familiar, passando por platónico símbolo de afectividade, até ao principal elemento de comunicação (por vezes simultaneamente verbal e não verbal) da promíscua geração morangos (e passado por toda a gama de mal-entendidos, propositados ou não, que se pretenda gerar com o seu uso).

Mas observemos agora atentamente este símbolo:

*

Facilmente nos apercebemos de uma curiosa propriedade sua.

É um símbolo que originalmente pretende retratar uma interacção, um carinhoso gesto formado principalmente com os lábios. No entanto, e como já puderam observar, ao invés de retratar esse sentimento, é algo que tem uma extraordinária semelhança com o músculo anelar que separa o interior do nosso corpo do mundo exterior, que se situa no extremo oposto da boca, na face posterior do nosso corpo: sim meus amigos, estou-me a referir ao ânus.

Ironia! então que, ao estarmos então a mimar os nossos entes queridos, ou a apenas a curte da noite de sexta passada, lhes estejamos a enviar muitos anûs com todo o nosso amor. Trata-se de uma das idiossincrasias deste mundo do hoje...



Muitos **** para os meus fiéis leitores.

Monday, October 02, 2006

Ui

Como jovem deste mundo, viajado e actual, sou pessoa que trata do seu visual. Como um todo. Quero com isto dizer que costumo aparar as minhas pilosidades, onde de maior elas surgem. Sim, nas axilas... e lá em baixo.

Deixem-se disso, estamos no séc. XXI.

Para esse efeito, recorro a uma máquina de cortar cabelo. Ora bem, estava hoje na casa de banho, após o banhuço, a tratar do assunto e, tendo terminado debaixo dos braços, passo para o andar inferior. Retirei a protecção dos dentes da máquina, para obter o corte de menor tamanho possível, e começo a tarefa. Ando lá às voltas, para cima e para baixo, para obter o look natural (que a tal obriga a um esforço acrescido). Subitamente UI sinto uma dor assaz aguda! olho para baixo
Os dentes da máquina prenderam-se-me num rofego das jóias. A zona de pele mais sensível do corpo, esventrada por refulgentes dentes de metal a deslocarem-se a enorme velocidade, num movimento de corte/trituração

Após me ter passada a preocupação inicial, e efectuada uma peritagem do dano causado, noto uma linha de pintas vermelhas que surge ao longo da zona superior escrotal. O esquerdo. Caros leitores, é uma visão que não se quer ter nunca, ver sangue a surgir dessa zona.

Ao longo do dia, senti ligeiras picadas à medida que se me ia roçando na roupa. ui ui ui, ui. Deveras desagradável.



Se ficar marca, sobra uma história para contar às amigas... quiçá aos netos.

Stardate 20061001

Pois foi. Confirmou-se, por volta das 4 da manhã desse sábado.

Tuesday, July 11, 2006

Coolinária

Descobri os prazeres do queijo. Atacou-me um rompante de desejos, muito específico no seu pedido. Fui até ao frigorífico, recolhi o derivado de lacticínio e uma faca para o meu covil selecto, num pequeno tabuleiro de madeira que muito me agrada. Partindo grossas rodelas do dito queijo - um desses redondos de casca vermelha que se adquirem nas mais refinadas superfícies hipermercantis, de marca agora incerta (um Terra Nostra possivelmente, de consistencia resistente, não chegando à viscosidade de um Limiano) - e dedicadamente, seccionando cada uma dessas rodelas usando de linhas verticais e horizontais, a delícia acrescida de esculpir o sabor para agradar ao sonho visual - deveras claro! - do desejo. Encontra-se este dividido em cubos, praticamente a implorarem por que os tome por entre as pontas de quaisquer dois dedos à escolha, e os introduza rapida porém atentamente na minha voraz cavidade oral.
...
Quando se encontra o tabuleiro vazio de cubinhos da amarela substância, de consistente textura, já apenas populado com as cascas que este para trás deixou, segue-se a repetição do ritual, todo ele uma dança, uma dedicada arte de, lentamente, provocar, e, eventualmente, finalmente satisfazer o gosto papilar, que simples, porém requintados, pedidos (ordens mesmo) por vezes nos coloca.

Monday, July 03, 2006

C SI Coimbra

"I love the smell of 16 in the morning. Smells like... victory."

Thursday, June 22, 2006

Heróis e Heroínas


Na senda de comentar o que vejo no telejornal, gostava de partilhar convosco, meus amigos, a minha admiração e indignação pelos factos que me chegaram por esse meio, há coisa de uma semana.

Consta que dois senhores foram recentemente detidos em Coimbra por tráfico de droga. Estes senhores, actuando na zona histórica da Praça da República (onde geralmente se pode presenciar a Feira do Livro, a simpatia e entusiasmo dos empregados do Cartola, ou mais recentemente, os carrinhos de choque dos irmãos Lelo), venderiam heroína e outras substâncias psicotrópicas maravilhosas! ilícitas, empacotadas, a vis traficantes de droga intermediários, que depois procederiam a comercializá-las em escolas 2/3 e a betinhos filhos de srs. doutores, digo eu. A preços exageradamente inflacionados, quase que posso garantir. Não, garanto mesmo.

Até aqui tudo bem, trata-se de empresários por conta própria a tentarem sobreviver neste mundo da globalização.

O invulgar nesta história, porém, reside no facto que estes dois cavalheiros conseguiram burlar os (verdadeiros) traficantes de droga, vendendo-lhes pacotes de arroz em vez de heroína, recorrendo a sofisticados subterfúgios dignos de Danny Ocean e o seu grupo de trabalho. As minhas fontes exclusivas indicaram-me que o arroz usado nestas transacções, para cúmulo, era o de pior qualidade disponível(!) nas grandes superfícies, o que eleva a humilhação dos malignos traficantes compradores a níveis de pathos inimagináveis.

Ao ouvir histórias de heróis como estas, sinto, sinceramente, orgulho no engenho (tantas vezes arrastado por ruelas oleosas e a cheirar a sardinha e cascas de fruta antigas) português. Não só isso, ainda mais o descomunal volume e densidade dos órgãos produtores de sémen (colhões) destes rapazes, ao ponto de humilharem essa corja de tão má fama e tão diminuto valor social como são os mafiosos (gangstas), que são assinaladamente perigosos por normalmente carregarem completos e variados arsenais.

Infelizmente, a história não acaba bem, porque algum traficante que se sentiu tratado como realmente merece deu com a língua nos dentes, e a polícia deteve estes dois heróis nacionais. Coisa que Portugal sempre fez bem foi desmotivar e maltratar os seus heróis (pelo menos, enquanto vivos, enaltecendo-os postumamente, como se para compensar a vergonha da inacção no momento adequado).

E aqui entra a minha vergonha, em ver estes exemplares lutadores contra o crime aprisionados por venderem arroz. Já os agricultores portugueses tinham razões de queixa, agora ainda mais têm após este precedente.

Que não nos esqueçamos dos Batméns e Dick Tracys que por cá temos, e os tratemos com respeito. E saibamos reconhecer um herói, estando ele envolvido com a heroína ou não.



Se quiserem mais pormenores:

http://sic.sapo.pt/online/...droga1
http://www.portugaldiario.iol.pt/...droga2
http://www.diariocoimbra.pt/...droga3

Let's look at a traila - Part II

Este senhor disse muito do que eu penso sobre crítica cinematográfica, e disse-o em inglês, que como todos sabem, é mais fino que o português, por isso vou transcrever a parte para mim mais relevante:

"(...)
The best part of writing about movies (and there are dozens of good aspects to the gig) is the opportunity to get just one reader per review to change their mind about film or persuade them to see something differently. The purpose is not to simply say, "This is good," or, "This totally blows." Anyone can say that, and most competent readers can come to those conclusions on their own. No, it's imperative to dig in to the hows and whys of a film's successes and failures, to pull it apart and look at it in the light of our culture and society and faith and political system and everything that influences our worldview. Older critics can't just assume people will take their word for it that some films are good and others are bad. Criticism is (importantly) dependent on communites of informed judgment, but the average reader isn't a part of that community and often doesn't care to be. You have to reach that reader, to make someone who couldn't care less about the difference between Bay and Truffaut appreciate something new or different in a film.

If we fail that reader, then we fail the vocation itself. My brothers, this should not be. The goal of the whole thing is to serve the greater good, to, like the man said, "raise the level of public debate in this country, and let that be our legacy.""


No próximo post, vou falar de traficantes de arroz. Até já.

Friday, June 09, 2006

Miso pt.1

Hoje, ao visionar uma notícia na televisão sobre um desfile de moda organizado pelas mulheres dos jogadores da Selecção, apercebi-me de um pormenor curioso. As profissões destas meninas são consistentemente modelos, ou então nada. Trata-se de actividades características do putedo, portanto. Não há nenhuma que tenha uma profissão nobre como médica, advogada ou professora. Tiremos daqui as nossas elações sobre o carácter dos jogadores de futebol, e dos homens em geral, que tendo o poder de escolha oferecido pelos seu status resultante de altos vencimentos e vida social movimentada, escolhem elementos dessa classe tão adorada e vácua, como é o putedo, por companhia, ao invés de pessoas interessantes e quiçá, mentalmente mais equilibradas, como é o caso de "indivíduas" fora deste universo.


(Inveja eu? Confesso alguma, pelas facilidades de uns de terem certas coisas de bandeja. Mas é de curto impacte na minha vivência, essa inveja)

Monday, June 05, 2006

Pensamento do dia

"Todos se estavam a divertir à grande, até que chegou alguém cheio de boas intenções e estragou tudo"

Thursday, May 18, 2006

Tuesday, May 16, 2006

Homenagem a Brainestruming

Em homenagem ao "urso feliz" desenhado pelo Josué no Brainestruming - que podem ver aqui -, comentário ao spam que hoje a todos assola por todos os meios de comunicação, resolvi colorir a peça, que achei interessante, e que aqui vos apresento:

Sunday, May 07, 2006

Diagnóstico diferencial

Estava agora mesmo a começar a escrever um poste, mas fui interrompido pela minha perna. Acho que está para partir.
Penso que sim... está com aquele aspecto das pernas que estão prestes a partir. Será, será, ser... espera... é... parece que sim, vai... vai... vai... e partiu.
Desta é que foi. Partiu mesmo.
Estalou e agora está virada ao contrário. Parecendo que não, ainda é coisa para doer. Ai. Ai. Ui. Que impressão, está toda dependurada, a balançar ao sabor do vento abaixo do ponto de fractura. Acho que vou chamar alguém.
Epá, mas que é ist... ?
Ah! afinal, parece que não. Não está partida, era só impressão minha. Desculpem lá o alarmismo.
É um alívio, que isto de ter pernas partidas ainda trás alguns inconvenientes.
Bom, vamos lá então a isso - hoje vou falar-vos sobre:

Sunday, April 30, 2006

No mundo animau, ixestje muita pu-taria

Vamos deixar isto claro de uma vez por todas:

BALEIAS, GOLFINHOS & AFINS SÃO PEIXES! DEIXEM DE OS INSISTIR EM CHAMÁ-LOS MAMÍFEROS! SE VIVEM NO MAR É PORQUE SÃO PEIXES! MAMÍFEROS SÃO ANIMAIS QUE MAMAM. POR ACASO JÁ VIRAM ALGUMA BALEIA COM MAMAS, JÁ? NÃO VIRAM, PORQUE SE CALHAR SÃO PEIXES.

Cambada de chatos. Deixem-se de invenções parvas. Qualquer dia ainda inventam um animal com pêlo, bico de pato que nasce de ovos e vêem-me dizer que é mamífero e se chama ornitorrinco. Parvoíce.

Thursday, April 13, 2006

Thursday, January 12, 2006

Eu também já fiz disto

Estive a ver as actividades culinárias e degustativas do senhor que vive neste link, que se lançou na perigosa porém espirituosa actividade de comprar produtos alimentares de duvidoso aspecto e improvável ingestibilidade, e de os consumir como se de delícias se tratassem, e lembrei-me das várias alturas da minha vida em que tive ideia semelhante, podendo hoje comprovar (e recordar com lucidez e porque não, nostalgia) o sabor de cominhos, biscoitos de cão ou o famoso derivado de carne, a Spam.

P.S.: caso me comecem a acusar deste blog ser derivativo pela elevada percentagem de posts baseados em links externos, responder-lhes-ei em primeiro lugar que acho digno de nota saberem o significado do termo derivativo, e em segundo que isso é a maior verdade que terá sido proferida até esse momento. E que me sinto seguro de mim mesmo, mesmo assim.