Gostava de começar este post referindo que, no momento em que iniciei a sua escrita, não tinha ideia do conteúdo ou tema sobre o qual me iria debruçar. Seria algo que viria até mim durante o curso da sua escrita. Uma escrita improvisacional, experimentalista e, por conseguinte, pretenciosa.
Hoje fui pa borga. Passei por vários sítios. Apercebo-me que gosto de sítios mais intimistas, com música baixa/sem ela, sem muita gente, com espaço para se estar, sem a sítio ter necessariamente uma área grande, e um ambiente sem fumo. A cerveja, essa, deve ser barata. Não, ainda mais barata do que isso. Mais ainda. Sim, por aí.
E a pessoa que nos vem atender deve gostar, adorar, vibrar, viver para aquilo que faz. Ter gosto na mais pequena interacção com os seus clientes, que encarará não neste termo, tão clinicamente empresarial, com a frieza subjacente, mas sim como visitas num local que tem orgulho em ter aberto, quase como um segundo lar.
A propósito, estás agora a respirar manualmente.
Não leio blogs. Apesar de escrever um. Relatam histórias mundanas de forma mundana desinspirada, ou opiniões mundanas de gente chata. A excepção é o Brain Estruming, que leio por razões óbvias (não é irritante quando se fala em "razões óbvias" e não se descreve de seguida quais são estas? Fica-se sempre a adivinhar quais serão, sem certeza de acertar. Uso estas expressões que irritam sempre que posso, provocam o pensamento apesar do prurido cerebral que causam).
Recentemente li uma discussão sobre emprego. Vendo-me num período entre momentos de desemprego, é algo em que penso, muito esporadicamente. A discussão falava na diferença entre viver para trabalhar, o que se caracteriza por uma pessoa identificar-se como "sou O. Karamelo, Massagista de Bovinos", ligando a sua identidade definitivamente ao que faz profissionalmente, ou em trabalhar para poder fazer coisas na vida, trabalhando apenas o necessário para fazer aquilo que se quer. Sigo a filosofia do segundo modo, dividindo cada vez mais as duas coisas e fazendo com que se misturem o mínimo possível (tendo assim uma existência que creio mais completa e compensadora), não deixando que toda a vida seja empresa-cêntrica, mas penso que a sociedade está cada vez mais a forçar para se seguir a primeira abordagem, começando no discurso dos media (somos os últimos, temos de ser melhores) e dos políticos (trabalhem mais, não parem para pensar, nem olhem á volta), e descendo por aí abaixo. Não somos suecos nem finlandeses ou outro povo que nos esfregam na cara para nos inferiorizarem, como um qualquer professor abusivo da creche. Nem queremos ser. Essa gente vive no frio e à noite, vão mas é trabalhar que vos aquece. A gente vai para a praia curtir as miúdas, comer uns frangos e beber umas bjecas.
Dois dos 3 participantes do Brainestruming chamaram-me a atenção para esta banda, em alturas próximas mas sem coordenação e conhecimento da recomendação do outro. Que tal isso para sincronização cósmica?
Mellow the fuck OUT!
2 comments:
Mete Sigur Rós a tocar e traz cá o ópio! :D
Acho que Sigur Rós só mesmo já basta para o efeito, nem se tem de pagar ao afegão pelo ópio!
Post a Comment