Pois é, hoje peguei em mim e fui ver o Mr. & Mrs. Smith ao Avenida, em estreia em várias salas perto de si. Entretém, mas não é nada de especial: quem gosta de ver Brad Pitt, Angelina Jolie, discussões conjugais tratadas de forma cómica, e os referidos actores aos tiros com armas automáticas de elevados calibres, pode gostar. Porém, acho que o filme é um caso do "todo que não é maior do que a soma das partes", porque tinha muitos ingredientes para encher mas não chega lá. Como não sou crítico de cinema, não me vou estender mais.
Gostaria só de comentar certos pormenores, agora completamente á parte: este é claramente um filme de grande perfil, existindo a tendência para encher salas. Ainda mais, nos dias de estreia.
No entanto, qual não é o meu espanto quando noto que em noite de estreia, no Avenida (Coimbra), a sala estava apenas a cerca de um quarto da lotação... será que o pessoal migrou todo para o Dolce Vita (centro comercial com muitas lojas e muitas escadas rolantes), onde o filme estava também a estrear? Será que intermináveis lojas de roupa, andar a brincar aos carrinhos de choque mas com pessoas, e imensas opções de restaurantes de junk-food onde se pode afundar mais uns minutos de vida num prato desviaram o povo de uma boa sala de cinema? Ou talvez será o aspecto algo decadente da sala em si... cadeiras com estofos rotos, algumas destruídas, paredes escurecidas... Eu viro-me mais para o poder hipnótico do buraco-negro de gente que é o Dolce Vita (qual será o interesse, ponderemos em silêncio...)
Outra coisita: sempre que o Brad Pitt mexia um músculo no filme, piscava um olho ou tinha um espasmo, o público feminino na sala suspirava, ria, ou comentava. Este comportamento é claramente anormal. Exijo um estudo científico para descobrir a causa.
Pronto, já tá tudo. Para o ano pode ser que faça mais um post, que isto hoje foi a loucura completa e fiquei exausto. Até lá... evitem o Dolce Vita.
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