Friday, October 27, 2006
Friday, October 20, 2006
O *
A internet introduziu na sociedade actual vários fenómenos. Um deles foi a escrita simbólica. Estou a falar de mensagens do tipo ":):):) tnh mtax xudades tuax kiduxo amt mt mt jokas KIKAS91*****".
No passado, este tipo de escrita apenas se vislumbrava nos cadernos dos estudantes universitários, que tomavam os seus apontamentos nas aulas teóricas à velocidade sub-sónica, quando os professores eram demasiado importantes para se preocuparem em usar acetatos ou material de referência nas aulas. Se não recorressem a esta técnica de escrita, seria impossível ter todo o material de estudo para passarem à cadeira, e nunca concluiriam o curso, vendo-se obrigados a desistir e mais tarde tornarem-se delegados de propaganda médica.
Curioso é que muitas destas pessoas, que de certa forma foram os percursores ideológicos deste fenómeno, hoje criticam os filhos por estes informarem que "hj n vnh jantar n sei qd volto p casa amt mto papa ***jokitax*** aNa:PiNk:SkYs" recorrendo a esta escrita. Como a memória nos trai, por vezes... (este último assunto propulsionaria longas divagações noutros blogs mais sérios. Porém, aqui não. s quiserem vão ler poesia ou o crlh pa outro lado)
Esta escrita foi criada pela InterNet e rapidamente se espalhou ao fenómeno social chamado "telemóvel", uma das mais importantes ferramentas de demonstração de status actual, simultaneamente nas vertentes económicas, estéticas, e sociais do indivíduo.
Gostaria de chamar a atenção para um elemento particular deste fenómeno: o *. Símbolo do ósculo, desde fraternal cumprimento familiar, passando por platónico símbolo de afectividade, até ao principal elemento de comunicação (por vezes simultaneamente verbal e não verbal) da promíscua geração morangos (e passado por toda a gama de mal-entendidos, propositados ou não, que se pretenda gerar com o seu uso).
Mas observemos agora atentamente este símbolo:
*
Facilmente nos apercebemos de uma curiosa propriedade sua.
É um símbolo que originalmente pretende retratar uma interacção, um carinhoso gesto formado principalmente com os lábios. No entanto, e como já puderam observar, ao invés de retratar esse sentimento, é algo que tem uma extraordinária semelhança com o músculo anelar que separa o interior do nosso corpo do mundo exterior, que se situa no extremo oposto da boca, na face posterior do nosso corpo: sim meus amigos, estou-me a referir ao ânus.
Ironia! então que, ao estarmos então a mimar os nossos entes queridos, ou a apenas a curte da noite de sexta passada, lhes estejamos a enviar muitos anûs com todo o nosso amor. Trata-se de uma das idiossincrasias deste mundo do hoje...
Muitos **** para os meus fiéis leitores.
Monday, October 02, 2006
Ui
Como jovem deste mundo, viajado e actual, sou pessoa que trata do seu visual. Como um todo. Quero com isto dizer que costumo aparar as minhas pilosidades, onde de maior elas surgem. Sim, nas axilas... e lá em baixo.
Deixem-se disso, estamos no séc. XXI.
Para esse efeito, recorro a uma máquina de cortar cabelo. Ora bem, estava hoje na casa de banho, após o banhuço, a tratar do assunto e, tendo terminado debaixo dos braços, passo para o andar inferior. Retirei a protecção dos dentes da máquina, para obter o corte de menor tamanho possível, e começo a tarefa. Ando lá às voltas, para cima e para baixo, para obter o look natural (que a tal obriga a um esforço acrescido). Subitamente UI sinto uma dor assaz aguda! olho para baixo
Os dentes da máquina prenderam-se-me num rofego das jóias. A zona de pele mais sensível do corpo, esventrada por refulgentes dentes de metal a deslocarem-se a enorme velocidade, num movimento de corte/trituração
Após me ter passada a preocupação inicial, e efectuada uma peritagem do dano causado, noto uma linha de pintas vermelhas que surge ao longo da zona superior escrotal. O esquerdo. Caros leitores, é uma visão que não se quer ter nunca, ver sangue a surgir dessa zona.
Ao longo do dia, senti ligeiras picadas à medida que se me ia roçando na roupa. ui ui ui, ui. Deveras desagradável.
Se ficar marca, sobra uma história para contar às amigas... quiçá aos netos.
Deixem-se disso, estamos no séc. XXI.
Para esse efeito, recorro a uma máquina de cortar cabelo. Ora bem, estava hoje na casa de banho, após o banhuço, a tratar do assunto e, tendo terminado debaixo dos braços, passo para o andar inferior. Retirei a protecção dos dentes da máquina, para obter o corte de menor tamanho possível, e começo a tarefa. Ando lá às voltas, para cima e para baixo, para obter o look natural (que a tal obriga a um esforço acrescido). Subitamente UI sinto uma dor assaz aguda! olho para baixo
Os dentes da máquina prenderam-se-me num rofego das jóias. A zona de pele mais sensível do corpo, esventrada por refulgentes dentes de metal a deslocarem-se a enorme velocidade, num movimento de corte/trituração
Após me ter passada a preocupação inicial, e efectuada uma peritagem do dano causado, noto uma linha de pintas vermelhas que surge ao longo da zona superior escrotal. O esquerdo. Caros leitores, é uma visão que não se quer ter nunca, ver sangue a surgir dessa zona.
Ao longo do dia, senti ligeiras picadas à medida que se me ia roçando na roupa. ui ui ui, ui. Deveras desagradável.
Se ficar marca, sobra uma história para contar às amigas... quiçá aos netos.
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